sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Atenção na hora de comprar sling de argola!


Nico e eu slingados.


Pessoal fiz este post, pois ando vendo MUITOS erros de confecção horrendos em slings de argola!
O sling de argola é um ótimo carregador de bebês, simples, prático, e econômico, porém necessita de um olhar minucioso na hora de comprar. O fabricante de sling de argola deve ter conhecimento das normas de confecção para uso seguro. Vou citar alguns pontos importantes:

Argolas:

Ando vendo muitos slings com argolas de acrílico ou de ferro com emendas, até argolas de cortina e fivelas de cinto. CUIDADO, com segurança não se brinca. Argola de ferro não são indicadas, mesmo que estejam soldadas, pois essa emenda por mais lisa que seja faz fricção com o tecido o que ocasiona furos no tecido, e daí para rasgar o sling é um pulo. 
Só essa semana vi uns 8 slings de argola que me deixaram de cabelo em pé!
As argolas indicadas são as de nylon injetado, de aço inox cilíndrica, sem solda, sem emenda e sem serem achatadas, e as de alumínio. NÃO PODEM ser de ferro, acrílico, madeira, plástico.

Costura

Vejo slings maravilhosos com costuras bordadas e slings com costura retas, não importa se é reta ou bordada, apesar de as bordadas serem mais firmes,  mas precisa ser no mínimo 3 costuras no local onde se fixam as argolas. Estas costuras devem ser individuais, no caso de alguma romper, haverá outras pra segurar!
Detalhe da costura, Mania de Sling by Dida.


Resumindo:
NÃO PODE:
-Argolas abertas, com emendas, soldas (mesmo se estiver bem lisa),ocas, de metal banhado, de madeira,plástico, acrílico, etc...


PODE:
- Argolas de alumínio (próprias), de nylon injetado, de inox... Todas SEM emendas
- Costuras individuais, bordadas ou retas, tendo ao menos 3 costuras reforçadas nas bordas.

Sempre que você ver uma mãe usando um sling que não esteja adequado alerte-a, isso pode evitar problemas!
E aproveite o seu sling.
Abraços
Thaiane

Referência: 
http://slingseguro.wordpress.com



terça-feira, 28 de agosto de 2012

Cama compartilhada, uma opção na minha vida!

Hoje vou abordar um tema quente entre 101% das mães, o local do sono dos bebês. O que lá do outro lado do globo é natural, aqui é tabu! Eita cama assassina, formadora de bebês dependentes, e coisa de mãe preguiçosa. Pasmem, eu já ouvi isso várias vezes!!!
   É tão proibido falar em nossa sociedade, devido aos narizes tortos, os olhares reprovadores, o biquinho de tadinha, que a maioria das mães mentem, ou omitem que seus filhos dormem com elas a noite toda, parte da noite ou em algumas ocasiões.   Pois eu vou falar publicamente, em 15 meses de vida, o Nico NUNCA dormiu sozinho a noite. E isso já estava decido antes mesmo do nascimento dele. Vou falar um pouquinho mais sobre os motivos dessa decisão.
 
  Mas antes de mais nada quero deixar MUITO CLARO, que eu não tenho a intenção de propagar a idéia de que todas as mães devem dormir na cama com seus filhos, cada mãe é única, singular, assim como cada criança! Dizer que isso deve ser assim ou assado, é colocar todo mundo numa mesma caixa, e deixar de valorizar o que cada um tem de especial! Se o bebê dorme bem no berço sozinho no quartinho dele, e a mãe dorme bem no quarto dela, não há motivos para se preocupar. A minha intenção com essa postagem é trazer esse assunto polêmico de uma forma humana e científica, e desmistificar a questão da cama compartilhada com a formação de crianças dependentes, e outras coisas.
   Primeiro vou dizer o que minha experiência como mãe me ensinou!
   Eu escolhi a cama compartilhada porque eu gosto, meu marido gosta, meu filho gosta, nós gostamos, e vivemos muito bem com isso!    Assim que o Nico nasceu ele já veio dormir na cama, eu encostei a cama na parede e ele dormia ali, entre a parede e eu. Mas, como nessa época eu ainda não estava acostumada, e tinha medo de dormir em cima dele, eu coloquei um bercinho de camping do lado da cama e ele dormia ali, e se acordasse a noite viria para a cama com a gente. O tempo foi passando e a gente foi se acostumando, desmontamos o berço que só estava tomando espaço no quarto, e assumimos que o seu quarto era ali, com a gente.
  Coloquei um colchão no chão do lado da nossa cama, e quando não tem ninguém na cama, ele dorme ali, o que também favorece a autonomia, uma vez que ele acorda, levanta e sai andando pela casa! E eu digo que eu durmo muito melhor com ele na cama, a amamentação é facilitada, uma vez que não preciso me levantar para amamentar, ele acorda sente a nossa presença e dorme novamente, é uma delícia dormir agarrada nele, sentindo o cheirinho de suor da cabecinha dele!
   Portanto se alguém viesse me dizer para eu coloca-lo longe de mim, e eu o fizesse, isso seria muito ruim, pois eu não sou assim, não consigo imaginar o Nico tão pequeno, ainda mais quando era recém nascido, dormindo sozinho em outro quarto. Com certeza eu iria acordar mil vezes preocupada e meu sono seria muito ruim!
  Aqui está a minha visão do berço com a cama compartilhada http://www.thefoodoflove.org/breastfeed-in-your-sleep.htm  Thaty, minha irmã, me perdoa? Quando meu sobrinho nasceu, e eu fui lá pentelhar visitar. minha irmã o colocou na cama para dormir, e todas as sirenes tocaram, nasceu em mim uma leoa louca, que gritou: "tire esse menino daí, senão ele nunca mais vai dormir sozinho. Você vai criar uma criança dependente", graças a Deus ela não me deu ouvidos, e quem conhece o Thi sabe, o quanto ele é inteligente, independente e feliz. Mas, hoje eu olhando para esse dia eu vejo que eu estava repetindo o que as mães mais velhas falavam nas rodas na vizinhança, eu sem pensar criticamente, assumi  aquilo como uma verdade e reproduzi como uma monstrenga em cima da minha irmã. E vejo que isso é o que acontece com a grande maioria das pessoas!!!
 
 Pra  MIM, somente a mim, não faz sentido colocar meu filho para dormir longe de mim, quantas noites ele dormiu em meu ventre, ouvindo minha respiração, meu coraçao, e tudo mais, e só porque ele nasceu eu devo coloca-lo lá longe? Sendo que é esse o momento em que ele mais precisa da minha presença, pois ele chegou num ambiente estranho, com tanta coisa diferente. Teve que aprender a respirar, se adapatar a coisas estranhas chamadas fome, dor, frio, insegurança, medo, e além disso tem que aprender a engolir o choro e dormir sozinho, a noite toda pra mamãe ficar feliz.
- Mães mais velhas e experientes, pediatras ocidentais, e etc, eu tenho que dizer a vocês, isso não faz parte de mim, Nico fica na minha cama!
   Se formos pensar há milhares de anos, em que lugar dormiam as crianças?? Na caverna ao lado da caverna da mãe? Ou dormiam juntos, para se aquecerem no frio e para serem protegidos dos  predadores? É, não só dormiam com as mães, a criança nessa época, como dormiam a tribo toda, juntos. E eu estou aqui escrevendo isso para vocês, algum antepassado meu dormiu numa caverna com uma galera toda, e eles eram notáveis caçadores, e não pediam ajuda à suas mães para caçar, afinal a mãe ficava em casa esperando o rango para matar a fome da mulecada!
   Ok, não moramos nas cavernas há muito tempo. Mas há alguns séculos as casas não tinham cômodos, dormiam todos juntos, não havia o quarto do bebê e o dos pais, era tudo uma coisa só. Tá, mas agora moramos em casa, com vários cômodos. Sim moramos, mas a nossa genética é a mesma da mãe uga-uga das cavernas. Nós mães instintivamente queremos atender o choro do nosso filho, protege-los de predadores, dormir com eles. E nossos filhos instintivamente precisam de nós para não serem devorados, ou passarem fome, frio etc. O que mudou?? Mudou é que nós adultos temos plena coerência de que nenhum predador vai vir pegar nosso filho no berço, que nao o deixaremos passar fome, que não há perigo, que a manta irá protege-lo do frio, mas o nosso pequeno e amado ser, não sabe disso, simplesmente por não ter maturidade neurológica, ele é só instinto, o mesmo do bebê uga-uga lá de trás!!!
 
  Além disso, um estudo realizado por pesquisadores do Departamento de Neurologia da Califórnia concluiu, que dormir com ou perto do seu bebê melhora a qualidade do sono dos pequenos, os bebês acordam menos e reduz o risco de morte súbita do recém-nascido, o que vai na contra-mão do alarmismo médico e cultural aqui no Brasil. E eu confirmo, eu acordo várias vezes com o Nico tateando o colchão, e ele encontra alguém encosta e dorme de novo.
    O bebê que dorme com a sua mãe, tem menos cortisol circulante em sua corrente sanguínea, ou seja ele sofre menos estresse, e o contato com a mãe o faz secretar ocitocina que é o hormônio do amor. (Waynforth, 2007). Lindo não?
   Tá, Thaiane, é lindo, mas eu não quero meu filho dependente! Mais um relato importante, bebês com baixa carga de cortisol (estresse) e maior carga de ocitocina são mais dispostos da conhecer o mundo. Além do mais a criança que se sente segura, que sabe que tem proteção ela tende a explorar mais o ambiente porque ela sabe que tem que a conforte. Com isso tudo você oferece senso de segurança e sensações duradouras de conforto e proteção.
   Exemplo:
   Quando vamos a um parque de diversões e queremos ir no trem fantasma, se estamos sozinhos sentimos um pouco mais de medo, se estamos com uma turma de amigos, o medo diminui ou vira festa com os mostrengos. Nós somos seres sociais!!!   Quanto a questão de segurança, existe um manual só para isso. Mas o mais importante, é não beber bebidas alcoólicas ou medicamentos que alteram a capacidade cognitiva dos envolvidos! Abaixo coloco algumas dicas de segurança, que se você observar, a maioria delas vale para os bebês que dormem na cama, no berço, na rede, no chão, ou seja são universais.
Dicas de Segurança para Cama Compartilhada
- Não use nenhum tipo de droga que possa afetar seu sono (álcool, tranquilizanres, antidepressivos, drogas ilegais, etc)
- Nunca fume no quarto onde o bebê dorme
- Use um colchão firme
- Tome precauções para que o bebê não caia da cama
-Evite fendas entre a cama e a parede. Tenha certeza de que há um encaixe perfeito entre o colchão e a parede, e a cabeceira.
- Nunca coloque um bebê em um travesseiro
- Sempre coloque seu bebê para dormir de costas- Não use edredons
- Não coloque na cama nenhuma bichinho de pelúcia ou de verdade
- Não durma com seu bebê se você está obeso
- Prenda seu cabelo se ele for muito longo
- Nunca deixe seu bebê compartilhar a cama com outra criança
- Não coloque seu bebê próximo a cortinas com cordões pendurados
- Nunca deixe o bebê sozinho em uma cama de adulto
 Ah,  mas e a intimidade dos pais! Bom para se criar uma criança é necessário criatividade, então tirem a criatividade do armário e apimentem a relação de vocês longe do cafofo do bebê!rsrs. Ah, lembrando que não precisa colocar o bebê na sua cama para se todos esses benefícios, pode colocar o berço ao lado da cama dos pais, isso se chama quarto compartilhado!AbraçosThaianeBibliografias utilizadas!http://pediatrics.aappublications.org/content/100/5/841.shortCarlos Gonzales- Besame Mucho
http://www.facebook.com/notes/solu%C3%A7%C3%B5es-para-noites-sem-choro/cama-ou-quarto-compartilhado-promovendo-a-independ%C3%AAncia/386233364734412http://solucoes.multiply.com/journal/item/56Se quiserem saber mais sobre a cama compartilhada, recomendo esses links:
http://www.cosleeping.org/http://www.attachmentparenting.org/http://solucoes.multiply.com/journal/item/8?&show_interstitial=1&u=%2Fjournal%2Fitem http://www.awareparenting.com/sleep.htm




segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Entrevista para a Revide

Pessoal, aqui está a entrevista que eu dei para a Revide! Ficou muito boa a reportagem, trata-se de quatro histórias de parto, quatro mulheres contando suas diferentes histórias. Espero que gostem!!!
Detalhe no Nico fazendo arte o tempo todo!


Abraços

Thaiane

domingo, 26 de agosto de 2012

A mãe que eu queria ser!

  


  Bom, hoje vou tocar num assunto, digamos, doloroso, muito bem aceito por todas as mães, que é o da mãe que queria ser contra a mãe que eu sou.
    Eu sou a rapinha do arroz, a caçulinha da casa que se casou com um caçula e hoje somos pais. Não vi minha mãe cuidar de outros irmãos, meus primos eram da mesma idade que eu, os mais novos tive pouco contato, e os amigos na grande maioria eram mais velhos. Cresci assim sem contato com bebê, o pouco que sabia do mundo da maternidade era devido às conversas de calçada, aos ditados das avós, e eu absorvia tudo aquilo, sem pensar, afinal não era mãe, não havia motivos pra ficar perdendo tempo pensando em algo que pra mim não serviria pra nada, nem de boneca eu gostava!
   Quando cheguei na faculdade, passando pela disciplina de pediatria é que meus conceitos começaram lentamente a mudar. Ainda faltava muuuuuuiiito chão pra me tornar o que sou hoje, mas algumas portas se abriram, e mesmo que eu na época nem quisesse passar debaixo delas, ao menos eu sabia que havia alguns outros meios de se criar nossos filhos!
   Mas eu virei tia, várias vezes tia, e eu me vi questionando muita coisa, muitas práticas, aprendendo um monte e sentindo uma felicidade gigante por ter crianças na família, a inocência, as palavras sem maldade, os sorrisos.
   Quando me vi grávida é que eu realmente senti a necessidade de buscar informação, eu queria fazer diferente, algumas coisas pra mim não se encaixavam.
   Comecei a me questionar, procurar informações, grupos de mães, procurei por grupos de mães que se encaixavam naquilo que eu acreditava, passei por mudanças, e no final da gravidez depois de ter livro mil livros, ter um discurso afiado sobre maternidade, e... o Nico nasceu, e me mostrou que eu sabia os caminhos, mas eu teria que trilhar esses caminhos, e a mãe que eu queria ser, aquela figura linda, penteada, perfumada, borbulhando paciência, transbordando felicidade, se tornou em uma mãe descabelada, comendo mal, com o seios machucados, com olheira, com momentos de extrema alegria e outros com um mau humor horrendo, e agora??? Cadê a mãe que eu quero ser???
   Foi aí que eu percebi que todas as teorias eram um norte que eu deveria adaptar a mim e ao meu filho, mas o caminho, ah o caminho, esse era totalmente meu, totalmente nosso, ninguém poderia escrever sobre ele, traduzi-lo, delimita-lo, ele pertencia a nós, ele pertencia a mim.
  De todas as promessas e crenças, eu acreditava que a maternidade passaria por mim sem um nó sequer, e quando me vi era um embaraço só, desespero total, muita cobrança. Não estava preparada para lidar com um bebê high need, com uma necessidade de sucção imensa, que dormia por no máximo 30 min durante o dia, e que passava a noite toda a me solicitar. O bebê dos meus planos era amável, dormia horas e horas, mamava bem, e cheirava loção para bebês. O que eu estava fazendo de errado?
  Será que eu o estava embalando errado? Será que eu oferecia demais o seio? Será que eu devia coloca-lo pra dormir sozinho no berço? Será? Será? Será?
  Foi aí que eu abandonei a mãe que eu queria ser, e passei a ser a mãe que sou. E além de tudo, passei a aceitar o MEU FILHO, passei a compreender suas necessidades, como necessidades de uma criança não como a façanha de um adulto. Passei a ouvir meu coração, a seguir minha intuição, meu instinto de mãe e as coisas começaram mudar, ao menos eu mudei.
  O monstro desconhecido passou a ser conhecido, e foi diminuíndo até se transformar em um bebê, um lindo bebê de olhos verdes, e atrás desses olhos verdes, ali, escondidinha eu vi a mãe que eu queria ser. Me lembro de estar sentada na cadeira, tentando faze-lo adormecer há mais de 2 horas, sem cobrança, sem estar irritada, estava eu ali cantando, contando seus dedinhos, e ele me olhou nos olhos e eu vi, a mãe, com olheiras, acima do peso, descabelada, mas borbulhando paciência e trasbordando alegria. As noites de sono já não eram mais as mesmas, eram noites de uma mulher que havia trocado horas de sono, por horas embalando um pequeno ser, a quem o mundo era tão desconhecido e estranho. O corpo já não era mais o mesmo, mas era o corpo de uma mulher que havia gerado vida em seu ventre, e de uma outra mulher que estava comendo feito uma louca. O cansaço era de uma mulher recém-parida a quem lhe foi dado a mais sagrada das missões, criar um adulto.
  Aí eu tive certeza de que eu estava no caminhos certo, eu estava no meu caminho. Nico continua mamando muito, passa horas no peito, mesmo estando hoje com 15 meses. Muita coisa mudou, outras não. Algumas estão mais difíceis, outras muito mais fáceis. Algumas não existem mais, outras estão começando a existir. E eu acompanho tudo, vejo tudo, fico triste e alegre pelo que já foi, fico alegre pelo que está sendo e pelas coisas que ainda virão.
  Ser mãe é viver sem receita, ser mãe é ser surpresa. É importante ter um norte para não se perder, mas é importante trilhar o próprio caminho! As palavras de um livro estão ali para nos fazer pensar, as vezes nos fazer rir e outras para nos fazer chorar, mas lá elas não valem nada, pois quem tem quem colocar aquilo na vida somos nós. São as escolhas e renúncias, que temos que fazer o tempo todo! 
  E com filho tudo passa, e passa rápido, e depois fica aquele gostinho de saudade!! Então mulherada, aproveitem, pois a hora é agora!!!!
  Não tenha medo de embalar seu filho, de dormir com ele, cantar horas e horas pra ele, de beijá-lo, de ficar juntinho em contato pele-a-pele, de se entregar, amamentá-lo em livre demanda e amá-lo sem limites, pois como diz o Dr Carlos Gonzales em seu maravilhoso livro Un regalo para toda vida: 
 "Não existe nenhuma doença mental causada por um excesso de colo, carinho, de afagos... Não há ninguém na prisão, ou no hospício, porque recebeu colo demais, ou porque cantaram canções de ninar demais para ele, ou porque os pais deixaram que dormisse com eles. Por outro lado, há, sim, pessoas na prisão, ou no hospício porque tiveram pais, ou porque foram maltratados, abandonados ou desprezados pelos pais. E, contudo, a prevenção dessa doença mental imaginária, o estrago infantil crônico, parece ser a maior preocupação de nossa sociedade".
Abraços!!!!
Thaiane

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O poderoso sling!

Nico com 1 mês




Eu uso sling com o Nico desde seu nascimento, e confirmo que ele é realmente poderoso. Não sei o que é um bebê chorar por mais de cinco minutos, não sei o que é cólica, refluxo.  E as noites não foram tão desesperadoras!Quando eu estava grávida eu já lia a respeito do conceito continuum (abordado no post anterior) e me perguntava, será certo carregar um bebê no colo o tempo todo? Mas aos poucos a mãe instintiva veio surgindo e essa questão começou a se parecer tola e pequena. E tem vários estudos mostrando que os bebes que são carregados no colo, são mais calmos e seguros! Você quer uma razão para usar sling com o seu bebê, pois eu te dou dez motivos


Nico com 14 meses!


1 – Praticar Babywearing é conveniente.


Usando o seu sling você pode caminhar livremente sem ter que se preocupar se o chão tem degraus ou com o meio-fio ao a
travessar a rua. Os carrinhos de passeio são pesados e grandes demais e alguns pais podem não querer levá-los a todo lugar. Além de tudo o bebê não parece muito confortável se movendo na altura dos joelhos dos adultos. O sling pode ainda servir como trocador, manta, protegendo também o bebê dos estímulos sonoros e visuais durante a caminhada e permite uma amamentação bem discreta. É bem útil nas viagens onde temos que carregar o bebê no colo e precisamos das mãos livres para as malas!

2 – Usar um Sling ajuda no desenvolvimento do seu bebê.



Quando você caminha com seu bebê no sling pertinho do seu corpo, ele fica sintonizado com o ritmo da sua respiração, o som das batidas do seu coração e todos os seus movimentos – caminhar, inclinar, alcançar. Esta estimulação ajuda a regular as próprias respostas físicas e também o sistema vestibular que controla o equilíbrio. O sling é em sua essência uma “barriga de transição” para o recém-nascido, que não tem o controle das funções físicas e dos seus movimentos. Mecanismos artificiais para balançar os bebês não produzem os mesmos benefícios.

3 – Bebês que usam Sling são mais felizes.


Estudos têm demonstrado que quanto mais os bebês são carregados, menos agitados eles ficam e menos eles choram. Em algumas culturas indígenas onde o sling (ou babywearing) é comum, os bebês choram geralmente alguns minutos por dia – ao contrário dos bebês ocidentais que chegam a chorar horas por dia. Chorar é exaustivo para os pais e para o bebê e pode prejudicar o desenvolvimento mental pois o cérebro do bebê fica sempre inundado por hormônios do stress. Bebês que não gastam sua energia chorando, calmamente observam e aprendem mais sobre o seu ambiente. Usar o sling pode ajudar muito com as cólicas e ajuda também os bebês que precisam de mais atenção (high needs). Bebês que não tem cólicas também se beneficiam muito com a segurança e aconchego que o sling oferece.

4 – Praticar Babywearing é um ótimo exercício para você.


É difícil encontrar algum exercício que uma recém mamãe possa fazer. Carregar o seu bebê juntinho de você na maior parte do dia ou fazer uma caminhada com o seu bebê no sling fará muito bem ao seu corpo. Uma longa caminhada com o sling é muito bom para fazer o bebê dormir.

5 – Crianças maiores apreciam a segurança do sling.



Quando pensamos no sling já imaginamos um bebezinho todo aconchegado, mas ele é muito útil para as crianças maiores (até aproximadamente 20kg). O mundo está cheio de perigos para as crianças nessa idade e eles se sentem mais seguros estando dentro do sling quando eles precisam. Crianças são predispostas a serem superestimuladas, caminhar no sling conforta e faz com que se acalmem antes que aconteça uma crise. Também é muito prático em lugares como zoológicos, parques, aquários onde uma criança num carrinho não consegue ver muita coisa.

6 – O sling ajuda a comunicação entre você e seu bebê e fortalece o vínculo.



Quanto mais seguro você se sentir como pai ou mãe, mais você pode relaxar e curtir sua criança. E a maioria dos que se sentem seguros como pais são capazem de discernir os sinais que o bebê dá com sucesso. Quando seu bebê está perto de você no sling, você se torna mais sensível às suas expressões e seus gestos. Muitos pais que usam o sling com seus bebês dizem que não conseguem distinguir os tipos de choro do seu bebê (mesmo que os livros sobre cuidar de bebês digam que eles deveriam) – porque seus bebês são capazes de se comunicar efetivamente sem chorar! Cada vez que seu bebê consegue comunicar que está com fome, entediado, ou com a fralda suja sem chorar a confiança dele em você aumenta e sua segurança como pai/mãe é reforçada. É um ciclo de interações que constói o vínculo e torna a vida mais aproveitável para todos.

7 – O sling é uma ferramenta para pais, avós, avôs e outros cuidadores.


Ele é muito útil na vida de todos que cercam os cuidados com o bebê. Estar no sling proporciona ao bebê acostumar com a voz, batimentos cardíacos e movimentos de quem o cuida e fortalece o relacionamento entre os dois. Os pais não têm a mesma ligação automática que as mães têm na gestação. Mas isso não significa que eles não possam estabelecer isso depois que o bebê nasceu. O mesmo com babás, avós e avôs, e todos que têm contato com o bebê. “Slingar” com o bebê é um ótimo meio de você inteiragir com o bebê na sua vida e ele te conhecer melhor.

8 – O sling é um lugar seguro para o bebê ficar.



Ao invés de ficar passando perto dos escapamentos de carros dentro de um carrinho num estacionamento por exemplo, o bebê estaria muito mais seguro perto do seu corpo. O sling também porporciona mais segurança emocional e a criança poderá experimentar o mundo com mais segurança e no seu próprio ritmo. Também dificulta as pessoas que ficam pegando o bebê e manipulando em horas impróprias.

9 – O sling é econômico


Ao contrário dos carrinhos e cangurus convencionais, o sling é muito mais barato. Provavelmente depois de começar a usar o seu você verá que ele é muito mais útil e econômico. Ele pode ser ‘passado para frente’ por pais que não precisam mais ou comprados novos. Nada mal pra algo que você vai usar diariamente por alguns anos!

10 – É divertido “slingar” seu bebê.


Quem não gosta de carregar um bebê cheirosinho fofinho e sorridente? Quando seu bebê é maiorzinho fica muito mais fácil conversar e interagir com ele e perceber as reações dele com as novas descobertas. Também é mais divertido para ele pois está no nível dos olhos dos adultos. Sua criança se sente mais parte da sua vida e você se encantará cada dia mais com a pessoa especial que ela é.
http://semanadosling.vai.la/


Extraído do site http://www.wearsthebaby.com/

Tradução: Marilia Mercer